Para além do reducionismo estético e artístico é cada vez mais recorrente a confluência entre as linguagens artísticas e a transversalidade estética na qual o novo e o velho, o popular e o erudito e a própria cultura de massa passam a coexistir no mesmo espaço/tempo e no mesmo fazer artístico/estético. Isso é uma possibilidade que nos coloca diante da compreensão de que as linhas que separam hierarquicamente as artes são as mesmas que as tornam estranhas a maioria da população.
Esse confluir de linguagens artísticas gera a possibilidade de ampliar horizontes políticos e pedagógicos e de colocar a arte como elemento que não pode ser enclausurado no reduto das regras ou da estética da proibição.
A arte é sempre uma possibilidade de compreender e refletir a realidade e isso ocorrer das mais diversas formas, o que envereda para demonstrar a relação dialética e histórico-social do fazer e pensar artístico/estético enquanto produção humana em constante mudança e transformação.
Ora, a regra não convém para a arte, pois a sua normatização pode inibir a democratização de novos fazeres e pensares, bem como reduzir a capacidade de desenvolvimento intelectual e contribuir para a manutenção do afastamento das linguagens artísticas entre si, dos públicos e dos artistas.
Na contemporaneidade a contextualização e a confluência das linguagens artísticas/estéticas rompe com uma antiga compreensão da divisão do trabalho entre manual e intelectual fator que contribuiu sobremaneira para estratificar a arte, sendo uma destinada como arte do povo e a outra para a elites, ficando para a primeira o trabalho manual e para a segunda o trabalho intelectualizado. A arte ligada ao povo é posta com secundária e inferior pelas elites econômicas, a mesma que titulará a sua produção como superior. Neste sentido a divisão das artes, dos públicos e dos artistas só serve para reforça esse sustentáculo separatista.
Convém considerar, entretanto, que a arte é junção de Visão Social de Mundo e técnica, então se deve atentar para a particularidade de cada linguagem artística, tendo em vista, que ambos são importantes na constituição de um trabalho de arte, tendo o primeiro o caráter de situar, compreender, perceber e orientar a contextualização do trabalho artístico como forma servir ao processo pedagógico de politização e construção humana do artista e o segundo para apropriação de conhecimentos sobre a especificidade da linguagem artística que possibilite comunicar e interagir com o público, esses dois ingredientes são inseparáveis e indispensáveis para o fazer artístico, pois não se faz artes só com técnica, nem só no campo das idéias.
Confluir as linguagens é ampliar os horizontes e desvendar a ordem estabelecida devolvendo o caráter comunitário da arte.
Por Alexandre Lucas
Coordenador do CUCA Cariri
Coordenador do Coletivo Camaradas, Pedagogo e artista/educador.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
UM Amazonas 2010
A Amacine Futuros Cineastas em parceria com o Governo do Estado através da Secretaria de Cultura, numa Co-Realização da Associação de Cinema e Video do Amazonas e o patrocínio do Guaraná Tuchaua e Manauscult, contando ainda com o apoio de seus colaboradores, realizou durante os dias 05 a 12 de junho de 2010 a 9ª Edição Festival de Filmes UM Amazonas 2010.
O Concurso UM Amazonas Tuchaua selecionou 15 roteiros de temática livre. Os novos talentos e futuros cineastas receberam recursos financeiros no valor de R$ 100, 00, para gastos de produção e mais apoio com equipamentos de vídeo, áudio, iluminação e edição para darem vida aos seus mundos imaginários. Foram inscritos 45 roteiros, já o UM Amazonas recebeu um total de 75 filmes para fazer sua seleção.
Após estréia no Cinemark, dia 05 de junho, as 11:00 horas com entrada gratuita, os 60 filmes da programação oficial depois serão mostrados em mais de 300 exibições por Universidades, Escolas Estaduais, Escolas Municipais, Espaços Culturais, Empresas, Restaurantes, Lanchonetes, Terminal Rodoviário, Praças, Comunidades, Presídios, Centro de Recuperação de Menores, Asilos de Idosos, Municípios, TV Cidade, TV Ufam, Amazon Sat e via on-line pelo site: www.amacine.com.br.
A grande novidade do UM Amazonas 2010 serão as mostras realizadas nos barcos recreios que fazem o trajeto Manaus, Maués, Codajás e Anamã, onde os passageiros assistirão os curtas e participarão da votação do melhor filme do júri popular.
Repetindo a fórmula da edição anterior, a Mostra UM Fora da Lei, composta de 10 filmes considerados trash ou politicamente incorretos, farão a abertura da Mostra Oficial que ainda exibirá mais 50 filmes oriundos de Manaus, Porto Velho, Pelotas e dos Municípios de Codajás, Maués, Anamã que receberam oficinas de cinema para produções dos curtas e que disputam com Itacoatiara e Parintins o prêmio de melhor filme do Interior.
O Concurso UM Amazonas Tuchaua selecionou 15 roteiros de temática livre. Os novos talentos e futuros cineastas receberam recursos financeiros no valor de R$ 100, 00, para gastos de produção e mais apoio com equipamentos de vídeo, áudio, iluminação e edição para darem vida aos seus mundos imaginários. Foram inscritos 45 roteiros, já o UM Amazonas recebeu um total de 75 filmes para fazer sua seleção.
Após estréia no Cinemark, dia 05 de junho, as 11:00 horas com entrada gratuita, os 60 filmes da programação oficial depois serão mostrados em mais de 300 exibições por Universidades, Escolas Estaduais, Escolas Municipais, Espaços Culturais, Empresas, Restaurantes, Lanchonetes, Terminal Rodoviário, Praças, Comunidades, Presídios, Centro de Recuperação de Menores, Asilos de Idosos, Municípios, TV Cidade, TV Ufam, Amazon Sat e via on-line pelo site: www.amacine.com.br.
A grande novidade do UM Amazonas 2010 serão as mostras realizadas nos barcos recreios que fazem o trajeto Manaus, Maués, Codajás e Anamã, onde os passageiros assistirão os curtas e participarão da votação do melhor filme do júri popular.
Repetindo a fórmula da edição anterior, a Mostra UM Fora da Lei, composta de 10 filmes considerados trash ou politicamente incorretos, farão a abertura da Mostra Oficial que ainda exibirá mais 50 filmes oriundos de Manaus, Porto Velho, Pelotas e dos Municípios de Codajás, Maués, Anamã que receberam oficinas de cinema para produções dos curtas e que disputam com Itacoatiara e Parintins o prêmio de melhor filme do Interior.
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